segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Propósitos da Oração 1 - Comunhão


Nesta nova série de estudos, pretendo ensinar sobre os propósitos da oração de acordo com as Escrituras, usando também minha própria experiência, além do que tenho recebido através de outros filhos de Deus ao longo desses anos servindo ao Senhor.

Sei que o que vou ministrar não é toda a verdade sobre o assunto, mas oro para que o Pai use esses ensinamentos pra que você possa ser edificado um pouco mais nesta área da oração.

Além de ministrar sobre os propósitos da oração propriamente ditos, importa também desfazer muitas das coisas que vem sendo ensinadas na igreja sobre oração mas que não são verdadeiras. Ao longo dos anos, tenho ouvido e lido muitas distorções que têm sido ensinadas como sendo coisas muito espirituais, sendo que, na verdade, não passam de religiosidade, condenção e até mesmo sincretismo religioso que penetrou na igreja devido à falta de conhecimento das Escrituras e do poder de Deus…
“...Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.” (Mateus 22:29)
Continue comigo e cresça em comunhão com o seu Pai Celestial!

COMUNHÃO COM O PAI: NOSSO GRANDE ALVO

Você já imaginou como eram as “orações” de Adão antes do pecado? Já que não haviam doenças, necessidades, tentações, etc. não havia muito o que pedir a Deus, exceto, talvez, conhecimento e sabedoria. No entanto, a Bíblia mostra que o Senhor passeava pelo Jardim do Éden todos os dias e tinha comunhão com o homem. Como seria esta comunhão? Sobre o quê conversavam?

Em Gênesis 2:19, a Escritura mostra que o Senhor trouxe a Adão todos os animais do campo e as aves para que este lhes desse nomes. Acredito que isso levou bastante tempo, e, enquanto Adão nomeava os bichos, ele conversava com seu Pai.

Antes de pensarmos em oração como um momento em que eu vou “descarregar” sobre Deus todos os meus pedidos, eu devo entender que Ele deseja de mim simplesmente um relacionamento Pai e filho.
"Vocês, orem assim: Pai nosso..." (Mateus 6:9)
Jesus, ao longo do capítulo 6 de Mateus, por diversas vezes, enfatiza que Deus é nosso “Pai”, e chama atenção para que nosso relacionamento com Ele seja um entre “pai e filho”.

No início da minha fé, eu tive muita dificuldade em enxergar Deus como um “pai”, pois não tive um relacionamento muito íntimo com meu pai físico. Além disso, como meus pais se divorciaram quando eu era adolescente, e ele foi morar com sua segunda esposa em uma outra cidade, fiquei sem um referencial de um bom pai presente.

Inclusive, é fácil observar como o diabo tem lutado para tirar os homens de dentro de suas casas, destruindo a família, e provocando tantos males na sociedade. Sem um referencial de pai, os homens facilmente são levados pela irresponsabilidade, criminalidade, drogas, falta de compromisso com a família, etc. Isso ocorre exatamente porque os filhos perdem a imagem de um verdadeiro pai.

O próprio Jesus chamava Deus Pai como “aba” (Marcos 14:36), que significa “pai”, porém, se fôssemos traduzir o verdadeiro sentido desta palavra para os dias de hoje, a melhor tradução seria: “papai” ou, como meus filhos me chamam: “painho”.

Não é uma coincidência que Jesus nos trouxe a revelação de que Deus é um “pai”. Aliás, poucas vezes, Jesus chamou Deus de “Deus”, pois, em geral, Jesus O chamava de “Pai”. Esta é a melhor palavra para descrevê-lo, pois Ele é o Criador de todas as coisas, e portanto, é o nosso Pai verdadeiramente.

CRISTO NOS RESTAURA À POSIÇÃO PERDIDA DE FILHOS

O verdadeiro caráter de Deus não foi revelado pela Lei de Moisés ou pelo Velho Testamento, pois “a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (João 1:17). Desta forma, olhando para a Velha Aliança, temos apenas uma “sombra” da realidade. Mas Cristo nos traz a real imagem das coisas (Hebreus 10:1), e nos permite conhecer ao Pai de forma íntima.
"E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai." (Gálatas 4:6)
Ao crermos no Senhor Jesus Cristo, somos reintegrados ao Reino de Deus, o qual Adão perdeu pelo seu pecado, e o Pai nos recebe de braços abertos, sem nos condenar, para um relacionamento conosco. Não há nada mais maravilhoso que conhecer o Pai e o Filho, e, de fato, isto é a vida eterna:
"E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." (João 17:3)
No conhecido versículo de João 3:16, vemos que o grande propósito que trouxe Jesus para morrer por nós não foi apenas perdoar os nossos pecados...
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16)
Se você ler direitinho, verá que o perdão dos pecados não é o objetivo final, mas sim nos dar a “vida eterna”. Somos livrados da morte para que tenhamos “a vida eterna”. E, como vimos no versículo anterior, a vida eterna é conhecer verdadeiramente o Pai e Jesus Cristo.

À medida em que conhecemos ao nosso Pai, somos transformados por Sua luz, pois esta luz ilumina nosso entendimento e podemos vê-lo como Ele realmente é. À medida em que O conhecemos, nossas orações vão sendo transformadas em momentos prazerosos com nosso o Papai.

EM RESUMO

  • O grande propósito da oração não é apenas “pedir, pedir”, mas sim ter comunhão com nosso Pai Celestial.
  • Jesus nos permite voltar a ser filhos de Deus, abrindo, assim, a porta para um relacionamento entre o Pai e Seus filhos.
  • A vida eterna é conhecer ao Pai e a Seu Filho Jesus Cristo e desfrutar de um relacionamento com Eles.

VÍDEO

Veja um vídeo com este mesmo assunto em nosso canal no YouTube:




Que a paz de Jesus Cristo seja com a sua vida. Amém.

Pr. Wendell Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não estejam inquietos por coisa alguma

Imagem 1: a ansiedade tem atingido boa parte da população. Viver uma vida sem preocupações e inquietações é praticamente uma utopia nos dias...