Um Breve Testemunho
Pastores Wendell e Oriana Costa |
Aos 13 anos de idade, viemos morar na capital, Natal, pois minha mãe desejava que eu e meu irmão tivéssemos um ensino médio de melhor qualidade, coisa que não havia, à época, no interior. Foi neste período que meus pais se divorciaram e tenho esta vívida lembrança da conversa que minha mãe teve conosco, contando que eles iriam se divorciar e meu pai voltaria para a cidade do interior para viver com uma outra mulher.
Tive um sentimento ruim após aquela conversa, era como se eu tivesse me tornado órfão, apesar de saber que minha mãe estaria conosco, e que sempre que pudesse, poderia visitar meu pai no interior. No entanto, a falta da presença do meu pai mexeu comigo e pouco tempo após este fato, me tornei ateu.
Quando criança, eu acreditava em Deus e em Jesus, e amava assistir filmes bíblicos. Apesar de não ter recebido instruções sobre quem era esse Deus, eu sentia em meu coração que Ele existia, mas não entendia de onde eu tinha vindo, nem para onde iria após morrer.
Em 1990, quando estava com 16 anos de idade, entrei para a faculdade de Engenharia Civil na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Como eu era muito novo, me senti muito sábio e inteligente, e isso foi logo após o divórcio de meus pais. Achei que já era capaz de entender o mundo por mim mesmo, e devido principalmente a ter tido um pai ausente, rejeitei à religião e adotei com mais seriedade o ateísmo como minha “fé”.
E foi neste ano de 1990 que comecei a aprender a tocar violão. Isso me levou a envolver-me com bandas musicais e cantores seculares, sendo que, nesse contexto, fui abandonando a faculdade: me sentia sem rumo, então decidi me dedicar a música e aceitei o fato de que o que importa mesmo é “fazer o que se gosta”, pois “a vida é curta”.
No ano seguinte, 1991, tive uma experiência que destruiu minha “fé” ateísta. Vou compartilhar com vocês:
Estávamos na cidade de Caiçara do Norte, uma praia no norte do RN. Eu e meus amigos fomos ver os botes de pesca que estavam ancorados cerca de 50 metros da areia. Eles decidiram ir até um dos barcos, mas como eu não sabia nadar bem, resolvi ficar na praia e avise eles.
Ocorre que, após vê-los nadar tão facilmente até o barco, achei que seria capaz de fazer o mesmo. Então, munido de ânimo, resolvi tentar.
Dei algumas braçadas e percebi que cansava fácil, mas me esforcei e segui adiante. Quando cheguei no meio do caminho, minhas forças se esgotavam e não conseguia nadar mais, nem para frente, nem para trás. Comecei a ter medo de que algo muito ruim fosse me ocorrer. Meus amigos não me viam pois eles já haviam alcançado o barco e estavam do outro lado da cabine. Como eu havia dito que não iria, eles não sabiam que eu havia tentado alcançá-los.
Minha vida começou a passar em minha mente, e pensei na minha mãe, ela havia sido contra o fato de eu estar ali naquela cidade, eu havia deixado a faculdade e estava tentado “me encontrar”, tentando achar uma razão para viver, e isso acabaria me levando à morte. Sem Deus, a gente atira pra todo lado, até mesmo para nós mesmos.
Olhei ao redor para ver se tinha alguém, mas não havia ninguém me vendo, nem nos barcos, nem na praia.
Tentei tocar o chão no ponto em que eu estava, mas não consegui. Esta ideia não foi boa, porque tive que gastar o resto de minhas energias pra poder subir novamente até a superfície. Acabei engolindo muito água e por pouco não foi o meu fim. Quando lutava pra respirar, ouvi uma voz interior me dizer: “Chame por Mim”.
Embora eu fosse ateu, sabia que aquela voz era Deus falando comigo. A mesma voz que falou diversas vezes na minha infância, mas eu não a reconheci.
Na minha mente, chamei por ele (eu não podia falar, pois estava debaixo d’água). Pensei: “Deus, me ajude!”.
Apenas alguns segundos após ter feito esta, digamos, “oração”, coloquei meus olhos para fora da superfície e vi um pescador se aproximando com uma balsa. Ele falou comigo e perguntou se eu precisava de ajuda. Eu não conseguia falar então, assentei com a cabeça. Ele me puxou e me colocou sobre sua balsa me levando até a praia.
Eu desci da balsa, agradeci e saí cambaleando pela areia. Encontrei um lugar conveniente e fui me deitar. Estava exausto e, como havia engolido muita água salgada, me sentia muito mal. Ali mesmo eu deitei e dormi sob o sol, meus amigos devem ter voltado e acharam que eu estava relaxando ali, pois foram embora sem me acordar.
Acho que cerca de meia hora depois, eu acordei me sentido muito pior: forte dor de cabeça, uma azia terrível e um pensamento: “Deus realmente existe”...
Mesmo eu O tendo negado e feito muitas coisas erradas, Ele continou me amando e esperando por mim. Ele aguardava eu O invocar, pois:
"...todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." (Romanos 10:13)---
Leia a parte 2 deste estudo no link abaixo:
Amor: A Verdadeira Natureza de Deus - Parte 2
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